quinta-feira, maio 09, 2013

O garoto perdido em casa



"Hoje, voltando para casa da universidade passo em frente a casa e sou abordado por um garoto de seus oito anos que já se aproximou falando que chegara em casa e batera na porta, mas seus pais não responderam, o que era estranho, pois os dois carros estavam estacionados na garagem, o portão e janelas abertos.

Obviamente que o bom censo falava para continuar, pois poderia ser algum novo truque para ser roubado, ou algo do tipo, mas outro bom censo informava que não era possível deixar aquele menino sozinho sem fazer nada então tomei precauções cabíveis, não atravessei o portão, até mesmo porque um gradeado fazia a função do muro e era possível ver tudo o que acontecia do outro lado do "muro", e ativei todos os meus sentidos, para tomar conta de minha mochila e minhas costas e ao mesmo tempo olhar o que o menino fazia.

Fiz algumas perguntas do tipo, você bateu na porta?, você chamou pela janela? Ele respondeu que sim, mas pedi para que ele repetisse, repetiu, nada! Seus pais não estavam em casa, ou pelo menos esse era o plano.

Perguntei se ele sabia algum telefone para que eu pudesse entrar em contato, disse que sabia o da sua mãe e me passou, decorado! Digitei o número e esperei, primeiramente deu linha ocupada, em seguida, na próxima tentativa, desligado ou fora da área de cobertura.

O garoto, utilizando um raciocínio lógio perfeito, falou que sua mãe poderia estar trabalhando, mas o que seria estranho, pois o carro estava na garagem, visto que sua mãe para ir trabalhar utiliza o carro. Então perguntei onde ela trabalhava, ele me respodeu, eu não faço, até agora, ideia de onde é e tampouco me recordo do nome do local.

Vi-me enfim, sem solução. Tentei novamente telefonar, mas a mesma gravação respondia que o celular de sua mãe se encontrava desligado ou fora da área de cobertura. Então perguntei se ele não sabia de outro número de telefone para ligar, antes que ele pudesse responder uma mulher chegou, de onde não se sabe, no portão e disse:

- Cauã?! - Ou algo assim.

O garoto, virou para a mulher e disse:

- Mamãe!

Então o momento constrangedor aconteceu: a mulher olhou para mim como que se perguntasse: "em que posso ajudá-lo?" então respondi meio que gaguejando:

- Ele disse que estava sozinho e eu estava te telefonando. - Mostrei o celular para ele para comprovar a veracidade da história.

Ela me respondeu:

- Obrigada!

Então continuei o caminho para minha casa."

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